quinta-feira, 7 de julho de 2011

PROFISSÃO? PROFESSORA!! GREVE... POR MOTIVOS JUSTOS!!

AOS CIDADÃOS E CIDADÃS SANTANENSES:
"Obviamente,existe uma nítida prioridade que o movimento sindical da categoria dá a pauta econômica. É um direito e uma base mínima de sustentação da carreira, que vem perdendo aceleradamente a atração para jovens que procuram ingressar no mercado de trabalho. Os cursos de pedagogia perdem alunos com uma velocidade que exaspera qualquer educador.
Enumero o que considero, em ordem de importância (não incluo a questão salarial, que já citei), os problemas mais graves a serem solucionados para se criar uma condição de trabalho mínimo para os docentes:
1) Segurança: os índices de ameaça e atos violentos que os professores estão sendo submetidos são assustadores. Nas pesquisas realizadas em cidades médias e grandes, mais de 50% dos professores já sofreram ameaças verbais de pais ou violência física de alunos. Não há salário que compense tal angústia e humilhação;

2) Apoio técnico: como atender alunos incluídos com dificuldades médicas ou em situação especial (autores de atos infracionais) sem apoio especializado? As demandas por laudos que professores emitem entram nas filas do SUS. Não há prioridade para a área educacional e o professor fica na solidão, mergulhado na frustração de não saber como encaminhar dificuldades reais. Não há nenhum serviço de saúde diretamente vinculado às escolas públicas. São as velhas caixinhas da burocracia lusitana que herdamos;
3) Síndrome de Burnout: mais de 30% de professores e diretores escolares sofrem desta síndrome, cuja expressão é o desânimo e a depressão. Perde o fôlego. Daí o vocabulário dos educadores do ensino fundamental ser recheado de queixas e rancor. Não precisa ser bom orador para despertar a ira de uma platéia de professores. Não existe um programa básico nacional que tente amenizar este problema. E a busca por melhoria do IDEB agravou a angústia na sala de aula. Em qualquer escola de ensino básico país afora é possível ouvir que um professor demora ao menos vinte minutos para começar uma aula. A baderna, o desrespeito, a ausência, um certo autismo social que envolve os alunos, desmonta o ânimo de qualquer professor, mesmo os mais preparados e entusiasmados;
4)Tempo: a organização do tempo do professor de ensino básico é um escândalo a parte. Tripla jornada é básico no planejamento desses profissionais. Sem dedicação exclusiva e com um máximo de turmas para cada professor, não há saída. O esgotamento é questão de meses. Não é por outro motivo que estamos falando da categoria profissional que mais entra com pedidos de afastamento médico entre outubro e dezembro em nosso país
Qualquer profissional da educação sabe a realidade. Alguns se escondem como avestruz. Preferem adotar paliativos que jogam a culpa nos próprios colegas dizendo que os mesmos não tem formação, não sabem dar aulas, precisam de premiação para incentivar a melhorar o IDEB. Enfim, o professor sempre aparece como culpado".
ESTA POSTAGEM FOI READAPTADA POR JACILENE GUIMARÃES DE UM TEXTO ESCRITO POR RUDÁ RICCI-Mestre em Ciências Políticas e Doutor em Ciências Sociais. Diretor Geral do Instituto Cultiva e membro da Executiva Nacional/ Colunista da Band News FM MG
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É PRECISO REFLETIR! HISTORICAMENTE,SABEMOS QUE OS GRANDES E MELHORES AVANÇOS DA SOCIEDADE FORAM CONSEGUIDOS COM MUITA GARRA,DETERMINAÇÃO E...INCOMPREENSÃO. RSS.


JACILENE GUIMARÃES(HISTORIADORA DOCENTE).

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